Por uma filosofia da diferença: Gilles Deleuze, o pensador nômade, de Regina Schöpke |
POR UMA FILOSOFIA DA DIFERENÇA: GILLES DELEUZE, O PENSADOR NÔMADE
REGINA SCHÖPKE-- primeira reimpressão
224 páginas -- de R$ 48,00 por R$ 28,80 no site da editora Contraponto
REGINA SCHÖPKE-- primeira reimpressão
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A filosofia, não importa o que se diga, ainda é o produto mais requintado de uma cultura que nem sempre teve razão para se orgulhar de suas conquistas. Que ela tenha perdido muito de sua força e nobreza originais (com a maioria dos filósofos transformando-se pelos mais inconfessáveis interesses em meros serviçais das ciências ou mesmo em simples "consultores" do cotidiano), é algo que só faz aumentar nosso interesse por aqueles que ainda concebem o pensamento como pleno de poderes e apto a produzir uma existência mais livre e autêntica. Pois essa é a verdadeira função do pensamento: ser uma "máquina de guerra", uma potência em prol da vida.
É assim que a filósofa Regina Schöpke define a tarefa do pensamento, e ao seguir a linha vigorosa de Nietzsche e Deleuze, busca devolver à filosofia um pouco do ar primaveril de seus primeiros tempos. Como esta obra nos mostra bem, os que confundem pensar com reconhecer ou representar (ou mesmo com o simples raciocinar) pouco sabem a respeito do poder demolidor do pensamento e de sua principal capacidade, que é a de produzir, criar novos mundos e novas maneiras de ser e de sentir. Sem sua ação, somos inexoravelmente prisioneiros dos valores vigentes e dos poderes estabelecidos, e nada mais fazemos do que confirmar nossa escravidão.
Quando a autora discute e desvenda aqui o difícil conceito de "diferença-pura" na obra de Deleuze, ela quer mostrar que num pensamento que reconhece a mudança e o devir como uma realidade absoluta e integral (e que deve ser definido como "nômade, em oposição à filosofia "sedentária" das formas eternas, que se inicia com Sócrates e Platão) não há lugar para idéias de permanência e estabilidade. O mundo é fluxo, é um vir-a-ser perpétuo.
E num mundo onde tudo é movimento, afirma a filósofa, o pensamento deixa de ter uma tarefa meramente recognitiva para alçar vôos mais perigosos. Afinal, para dar conta do fluxo é preciso estar em consonância com ele. E é também nesse mundo que a "diferença" deixa de ser um simples conceito para tornar-se o fundamento mais profundo de todas as coisas. O ser como diferença-pura: eis o que nos mostra, de um modo contundente (e envolvente), a bela obra de Regina Schöpke.
Mauro Baladi
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Regina Schöpke formou-se em filosofia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É mestra em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e em história medieval pela Universidade Federal Fluminense. É doutora em filosofia pela Universidade Estadual de Campinas, onde defendeu uma tese sobre o tempo. Colabora regularmente com os jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.
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